É por isso que segundo o presidente da Gutemberg Consultores, Gutemberg Macedo, o ambiente de trabalho deve ser um lugar agradável em que as pessoas sintam prazer em realizar suas tarefas todos os dias. “E o que colabora para isso é tanto os funcionários quanto líderes serem transparentes, cordiais e interessados nas outras pessoas. Sem contar que os líderes devem oferecer oportunidades de novos aprendizados e aquisição de novas experiências e os colaboradores devem se sentir à vontade quando erram, até mesmo para arriscarem e se realizarem profissionalmente”, orienta.
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Ele completa ainda que para ter um ambiente assim, a comunicação autêntica e respeitosa é fundamental. Pois onde não há respeito à individualidade, divergência de ideias e opiniões, não se consegue construir um clima agradável. E no ambiente ideal também não há fofoca, traição, entre outras ações baixas e reprováveis.
Para o diretor da SMSA – Desenvolvimento de Pessoas, Silvio Acherboim, além de um ambiente alegre, com amizade e companheirismo, o que contribui para tornar o local de trabalho prazeroso é também o conforto que a estrutura física proporciona. “Os móveis devem ser bonitos e confortáveis, o ambiente deve ser claro, refrigerado, com iluminação compatível com o trabalho e equipamentos modernos que inspirem e incentivem a criatividade”, acredita.
QUESTÃO DE POSTURA
Falar demais, brincar na hora errada, incomodar os colegas de trabalho, fazer abuso de privilégios ou de zonas de descompressão da empresa, entre outros fatores prejudicam ou causam impacto negativo no ambiente de trabalho? Como saber se o colaborador está indo longe demais?
Na opinião do sócio-diretor da Muttare Consultoria de Gestão, Tatsumi Roberto Ebina, as pessoas devem se sentir livres no trabalho para poderem efetivamente transformar todo o potencial que possuem em desempenho, entretanto, essa “liberdade” não deve ser confundida com libertinagem. “Para que isso não aconteça é necessário que os princípios e valores organizacionais sejam praticados em toda a empresa constantemente. Além disso, é bom manter também a prática do feedback como instrumento de ajuda complementar”, recomenda.
Ebina diz que, se mesmo assim uma pessoa exagera no uso dessa liberdade, é preciso que o próprio grupo que está inserido ou a liderança falem com ele buscando sua percepção de como o comportamento impacta no trabalho da equipe ou na organização.
O presidente da Gutemberg Consultores, completa que, contudo, a empresa jamais deve criar regras para dizer o que pode e o que não pode. “O princípio a ser observado é: não faça aos outros aquilo que não gostaria que fizessem a você. O colaborador ultrapassa os limites quando não observa esse princípio. Mas a companhia precisa incentivar o bom senso, a responsabilidade individual e o respeito ao próximo”, sugere.
Além disso, ele fala que os limites são criados quando essas pessoas aprendem a dizer não, a ouvir sem preconceitos e a considerar todas as alternativas. “E nada substitui o bom senso, o ideal é o próprio colaborador estabelecer seus limites, evitar a intimidade e a crítica desnecessária, aprender a dizer não e não desperdiçar seu tempo com fofocas. É preciso ser profissional”, aconselha.
PRODUTIVIDADE
De acordo com os especialistas consultados pela Gestão&Negócios, a queda de produtividade de um colaborador também pode estar relacionada ao ambiente de trabalho, pela liberdade em excesso, pela inibição da cultura organizacional, bem como dos líderes, como também pelos colegas que atrapalham com o excesso de brincadeiras, falatório, ou grosserias. “O profissional não está na empresa para ser paparicado, mas sim para cumprir seu dever. Entretanto, para isso a organização tem que formar as melhores equipes e sempre praticar o espírito de time, contar com líderes e não chefes. Além disso, eliminar o ambiente de medo do risco de inovar e criar, disponibilizar informações, ser transparente e, finalmente, ter um comportamento ético com todos”, afirma Ebina.
Contudo, para driblar a baixa produtividade por falta de motivação, ele recomenda ainda uma liderança inspiradora que estimule a equipe a reverter a situação. “Não se deve entrar no clima de ‘vitimização’ ou terceirização da culpa. Tem que usar a capacidade de realização de todos no sentido de contribuírem para reverter a baixa produtividade”, orienta.
No caso dos colaboradores que sentem a sua produtividade cair por conta dos colegas de trabalho, Gutemberg Macedo dá a dica: “Creio que o melhor mesmo é conversar com as pessoas sobre o assunto de maneira racional e profissional. Caso essas pessoas não corrijam sua conduta, aí então deve se levar o assunto à atenção do superior imediato. E acredito que todo chefe que detém seu departamento sob seus olhos sabe quando as pessoas estão exagerando”, confia.
" É algo que procuramos ressaltar para manter sempre viva a chama do companheirismo e trabalho em equipe. Podemos dizer que somos um time altamente produtivo" LUIZA NIZOLI, PRESIDENTE DA APDATA |
Já na opinião do sócio-diretor da Muttare, esses programas atenuam pois, na maioria das vezes, não vão à causa do problema. “Reunir um grupo para um café da manhã para falar dos problemas sem que se investigue com profundidade, por exemplo, é perda de tempo. O que se deve fazer é parar de trabalhar o efeito das coisas e lidar com profundidade nas causas dos problemas, que no fundo estão nas mãos de líderes despreparados”, afirma.
mais-temida.shtml
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